sexta-feira, 20 de julho de 2018

Aceitas um lanchinho de presunto???

E não tem alegria maior, para uma criança, quando recebe a notícia de que vai viajar; ainda mais quando a criança em questão é uma filha única de uma casal com idade mais avançada.... o caso de Nenê.
Nenê tinha vários primos...mas, na ausência de irmãos, os considerava com tal. E pouco a pouco, eles já tinham suas vidas independentes; alguns casados, com filhos, outros ainda sem filhos. E o mais velho deles, tinha uma família linda, na qual Nenê se sentia aconchegada. Com priminhos pequenos, sempre que possível passava o final de semana na companhia deles e, de vez em quando, era convidada para viajar. 
E naquele final de semana prolongado, o destino seria o litoral; naquela época, uma viagem de uns 100 km que duraria em torno de 2 horas. 
Mochila pronta e Nenê estava muito feliz, com o final de semana que a esperava pela frente. 
Naquela época, Nenê deveria estar em torno de 10 para 11 anos. Era uma menina muito reservada, para não dizer tímida. Fora educada em moldes rígidos onde o respeito a tudo e todos estava em primeiro lugar... quase em regime militar!!! Mas era uma criança doce, de fácil convívio.
O final de semana foi maravilhoso; apesar do movimento intenso que havia na praia... mas todos se divertiram muito, principalmente as crianças.
Até que chegou o momento do retorno. Sua prima, a mãe das crianças era extremamente cuidadosa e não esqueci um só detalhe para o transporte seguro e confortável das crianças, incluindo Nenê. Providenciou muita água potável, bolachinhas, sucos e lanchinhos, embalados individualmente. 
A viagem de retorno teria, a princípio a duração de 2 horas; mas o congestionamento  foi tão grande na travessia de uma ponte pênsil, que a viagem acabou demorando muito mais!!!
Quando fazia mais uma menos uma hora que estavam no carro, foi oferecido às crianças, um lanchinho com recheio de presunto e Nenê aceitou. Ela estava no banco de trás com os priminhos e o tempo foi passando.... 
Conseguiram chegar em casa, em torno de quatro horas após a saída do litoral e, quando a mamãe das crianças abriu a porta do carro, olhou assustada para a mão de Nenê e questionou:
Nenê, você não comeu o seu lanchinho de presunto?
E Nenê timidamente baixou a cabeça, sem coragem para responder. Até que a prima questionou novamente:
Você não gosta de presunto?
E com mais timidez ainda, Nenê movimentou a cabeça em sinal negativo.... mas muito envergonhada...
E foi então que a prima quis saber porque ela não disse, simplesmente que não gostava de presunto quando lhe foi oferecido o lanche, há mais ou menos, três horas antes daquele momento.
E com muito receio das consequências, Nenê respondeu:
Porque minha mãe me disse que não podemos recusar oque os outros nos oferecem.... porque é falta de educação...falta de respeito!!!!
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Algumas dezenas de anos após o ocorrido, quando os primos se reúnem, esta história ainda vem a tona e sempre é motivo para muitas risadas....
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Mas, eu aqui do lado de fora, em minhas costumeiras conjecturas....
Quantos "lanchinhos de presunto" não seguramos, vida afora, porque fomos orientados, quando crianças que, isto  ou aquilo não pode, que é feio, que é pecado, falta de respeito, falta de educação, etc...etc...etc....
Quantos arquétipos foram incutidos em nossas ingênuas mentes infantis, manipulando as nossas ações e até mesmo a nossa individualidade, em função do que a sociedade espera de nós, ou  melhor dizendo, espera dos filhos dos nossos pais???
E o quanto uma criança tem que se fortalecer em sua auto-estima, já na idade adulta, para transpor o que não lhe é conveniente, o que não lhe interessa?
Outro dia, em um dos posts publicados, questionei sobre quantos sapos temos engolido?
E hoje a pergunta que deixo é a seguinte: 
Você ainda aceita todos os "lanchinhos de presunto" que lhe oferecem? 
E por quanto tempo ainda os segura em suas mãos?


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Melhor Idade: vale à pena repetir o post!!!

Coordenação de Cursos na Melhor Idade: um outro olhar sobre a programação pedagógica!
Entrevista por Élide Soul

A pessoa idosa concentra suas atividades em locais mais próximos à residência. E, como estamos localizados em um bairro em Santo André onde, teoricamente, as pessoas tem uma condição financeira menor do que pessoas que moram em outros bairros ou mesmo na parte central da cidade, adequamos essa realidade ao nosso curso. Houve um período em que a faculdade, por decisão da direção, se tornou gratuita, tentando fazer um trabalho com a comunidade. Nesta época houve um boom do nosso curso, pois tínhamos em junho, em média 34 alunos e, quando abrimos as inscrições para o mês de agosto, tínhamos 160. E os números só cresceram; atualmente são 210 alunos. De um lado foi maravilhoso mas de outro, assustador, tamanha responsabilidade que passamos a ter.
Hoje o curso é pago, já há dois anos, mas é um pagamento que se torna simbólico; justo para pagar a estrutura do curso pois a nossa prioridade é a pessoa. E há uma preocupação constante, como passeios por exemplo: só aprovamos programações que possam ter a participação de todos; não queremos organizar passeios que acabem privilegiando este ou aquele.
É uma corda bamba onde nos equilibramos diariamente, pois temos um grupo heterogêneo em informação, idade e recursos econômicos. Mas o que sempre tentamos é fazer com que a pessoa não fique constrangida pois a maioria tem um ponto em comum: a perda de pessoas queridas, de restrições com a saúde, etc. Então, estar aqui é um marco para a vida deles.
E a nossa parte é estimular esta pessoa de forma positiva, para ela poder perceber outras possibilidades para tal momento da vida.
Desde o inicio, uma outra preocupação nossa é referente ao quadro de professores: temos professores que são mestres, doutores e estão trabalhando por amor. Mas tem alguns que não se adaptam à proposta do curso, pois não acontece uma afinidade do profissional com este grupo.
Em nossas reuniões, sempre orientamos o corpo docente que o conteúdo está em segundo plano; em primeiro, sempre o nosso aluno. O foco é ele, o carinho é para ele, a atenção é para ele; se o conteúdo programado no inicio do semestre não for atingido, não tem problema, porque o que se perde da programação pedagógica, neste grupo, se ganha em experiência, em aprendizado e em carinho. Se terminarmos um módulo com alunos com “gostinho de quero mais”, o nosso trabalho atingiu às expectativas.
Há um aspecto muito antagônico em relação à nossa formação: Educação Física lida com vida, com energia, saúde e não com a morte; se tivéssemos uma formação médica, talvez estivéssemos mais  habituados à morte. E este é uma lado que tentamos administrar: o falecimento de alunos.  À cada ano, perdemos dois, três alunos. Não são simplesmente alunos, são pessoas que fazem parte do nosso dia a dia, por anos a fio. E nem sempre os perdemos com idades tão avançadas; voltam de férias e nos avisam que tal pessoa faleceu.
Gostamos tanto do que fazemos que sempre comentamos:  “um dia vamos nos aposentar para fazer parte desta aula!”Não ocupamos o cargo apenas pela profissão ou pelo salário; há a vontade de fazer a diferença e atingir os objetivos delineados em cada inicio de ano.
Fazer este trabalho não é obrigação é opção; é abraçar uma causa, com amor, com boa vontade, em cada dia, em cada atividade, um olhar de forma diferenciada, com total respeito às suas limitações, experiências, carências e necessidades. “Não atuamos com máquinas e sim com seres humanos.
Na medida do possível, demonstramos que sentimos falta deste ou daquele que esteve ausente; um abraço aqui, outro ali, mostrar a eles que nos importamos e que estamos aqui, por eles.
Deixá-los ser o que realmente são, sem os estereótipos construídos por uma vida inteira.
Tudo isto faz parte da nossa maneira de coordenar este curso voltado à terceira idade.
E estamos sempre buscando novos desafios, como acontecerá em 2013; mesmo com alguns pontos de interrogação, o que vale é inovar, na busca de aprimorar um trabalho que tem feito tamanha diferença no dia a dia dos idosos.
“Nossos alunos passam a ser multiplicadores, tanto da informação quanto para nos trazer outros alunos a conhecer o curso”.

Coordenadora:                        Profª Ms. Marilene Bombana
Assistente de coordenação:      Profª Anselma Brentegani Santos

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Borboletrando por Steve Jobs...

1.As pessoas não sabem o que querem, até você mostrar a elas;
2.Tenha coragem de seguir seu coração e intuiçao. Eles já sabereo que você realmente deseja. Todo resto é secundário!
3.Você pode encarar um erro como besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção.
4.Inovação é o que distingue um líder de um seguidor.
5. É mais divertido ser um pirata do que um marinheiro.
6.Não me interessa ser o homem mais rico no cemiterio. Ir a noite para cama dizendo a si próprio que fez algo de maravilhoso. ..é isso que me interessa!
7.Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates.
8.Basicamente, você assiste televisão para desligar o seu cérebro e usa o computador quando você o quer de volta.
9.Se você viver cada dia como se disse o último, algum dia, provavelmente estará certo!
10.Os verdadeiros artistas criam coisas reais e que serão usadas.
(lista10.org)