Hoje iniciei o meu dia com muita vontade de mergulhar em minhas costumeiras divagações....e vou começar por um fato que presenciei na tarde de ontem.
...estava à espera de um transporte público e chegaram duas mulheres no mesmo local. Pararam ao meu lado e conversavam sobre orientações de uma médico oftalmologista, lentes multifocais, bifocais, etc...e estávamos ali, paradas esperando o transporte. Elas, na faixa etária dos 50 anos, usuárias de óculos, acima do peso e não muito preocupadas com a aparência. De repente, eu avistei há uns 30m de distância, uma mulher magra, sem óculos, bem vestida e usando uma "sombrinha".
E tudo foi muito rápido, apesar de, neste momento, parecer que o ocorrido foi em câmera lenta.
Estava um dia bonito, com sol forte e, quietinha em meus pensamentos, ainda questionei o porquê uma pessoa se esconderia de um sol tão lindo, por volta do meio dia. E, como minha mente não para NUNCA, algumas possibilidades passaram: a pele dela deve ser muito clara, um tratamento de pele, problemas com a visão em meio à claridade...e por este caminho ia, em silêncio.....até que, de repente, a mulher mais obesa, ao meu lado, vira para a outra e comenta:
" Por que aquela mulher está usando sombrinha?" E a outra que a acompanhava, simplesmente responde: " Você viu o nome? Não é chuvinha... é sombrinha!!!" E continuaram a conversar sobre óculos....e foi exatamente neste momento que as olhei com mais detalhes e aí começaram minhas costumeiras divagações....
Será que aquela mulher que usava a tal "sombrinha" olharia para as duas mulheres, caso estivesse mais próxima e faria algum comentário sobre a apresentação delas, tipo:
"como são gordas"...ou talvez, " por que usam um óculos tão assim ou assado?"
...e quantas vezes, este nosso hábito de apenas olhar para as esquisitices do outro, não tiram o foco de comportamentos esquisitos em nós mesmos?
Por que é tão mais fácil identificarmos no outro o que deveria ser diferente, quando o acesso para as nossas limitações deveriam ser muito mais praticadas?
Por que nos sentimos confortáveis dentro de nossas casas para ficarmos à vontade, descalços, descabelados, sem tantos horários, organização, muitas vezes até mesmo usando palavras chulas, etc... e, quando estamos à frente de outras pessoas, que não sejam pessoas íntimas, criamos um personagem, maquiamos nosso comportamento, nossas atitudes e até mesmo disfarçamos o que somos em essência?
Por que não nos sentimos tão à vontade com nossa real forma de ser e não passamos a nos olhar como realmente somos, deixando de ter tanto tempo disponível para olhar para o outro e sermos tão críticos ou até mesmo, em muitos momentos, desumanos???
Até que ponto, o tal "bullying" (ação repentina com a intenção de machucar o outro seja ele verbalmente, ou seja ele fisicamente) que tanto tem acontecido nas escolas, entre crianças e adolescentes, não é o resultado da ação viral "do mal exemplo", de muitos adultos, que contagiam a formação de caráter dos pequenos?
Me desculpem se hoje estou mais ácida em minhas divagações....mas despertei o meu dia com este questionamento engasgado em minha garganta e não poderia deixar de partilhar aqui em meu cantinho.
E sabe qual é o melhor lado desta minha divagação? Para postá-lo, eu preciso ler e reler, revisá-la....e cada uma das minhas divagações e partilhas com cada um dos que aqui me seguem, antes de chegar até vocês, já inicia um trabalho de auto-percepção interna, aqui comigo....
E eu só tenho que ser muito grata, ao Alto, por esta afinidade com as letrinhas, com a escrita e principalmente, por este canal do conhecimento, que acesso todos os meus dias e que está sempre disponível, para cada um de nós que se permita acessá-lo.
Bora lá continuar esta viagem chamada "Vida"....
Bjoks no coração e lindo dia de vida.....com a proteção do Alto à cada passo trocado!!!!
Fonte:
www.dicionarioinformal.com.br
magopatologico.wordpress.com
...estava à espera de um transporte público e chegaram duas mulheres no mesmo local. Pararam ao meu lado e conversavam sobre orientações de uma médico oftalmologista, lentes multifocais, bifocais, etc...e estávamos ali, paradas esperando o transporte. Elas, na faixa etária dos 50 anos, usuárias de óculos, acima do peso e não muito preocupadas com a aparência. De repente, eu avistei há uns 30m de distância, uma mulher magra, sem óculos, bem vestida e usando uma "sombrinha".
E tudo foi muito rápido, apesar de, neste momento, parecer que o ocorrido foi em câmera lenta.
Estava um dia bonito, com sol forte e, quietinha em meus pensamentos, ainda questionei o porquê uma pessoa se esconderia de um sol tão lindo, por volta do meio dia. E, como minha mente não para NUNCA, algumas possibilidades passaram: a pele dela deve ser muito clara, um tratamento de pele, problemas com a visão em meio à claridade...e por este caminho ia, em silêncio.....até que, de repente, a mulher mais obesa, ao meu lado, vira para a outra e comenta:
" Por que aquela mulher está usando sombrinha?" E a outra que a acompanhava, simplesmente responde: " Você viu o nome? Não é chuvinha... é sombrinha!!!" E continuaram a conversar sobre óculos....e foi exatamente neste momento que as olhei com mais detalhes e aí começaram minhas costumeiras divagações....
Será que aquela mulher que usava a tal "sombrinha" olharia para as duas mulheres, caso estivesse mais próxima e faria algum comentário sobre a apresentação delas, tipo:
"como são gordas"...ou talvez, " por que usam um óculos tão assim ou assado?"
...e quantas vezes, este nosso hábito de apenas olhar para as esquisitices do outro, não tiram o foco de comportamentos esquisitos em nós mesmos?
Por que é tão mais fácil identificarmos no outro o que deveria ser diferente, quando o acesso para as nossas limitações deveriam ser muito mais praticadas?
Por que nos sentimos confortáveis dentro de nossas casas para ficarmos à vontade, descalços, descabelados, sem tantos horários, organização, muitas vezes até mesmo usando palavras chulas, etc... e, quando estamos à frente de outras pessoas, que não sejam pessoas íntimas, criamos um personagem, maquiamos nosso comportamento, nossas atitudes e até mesmo disfarçamos o que somos em essência?
Por que não nos sentimos tão à vontade com nossa real forma de ser e não passamos a nos olhar como realmente somos, deixando de ter tanto tempo disponível para olhar para o outro e sermos tão críticos ou até mesmo, em muitos momentos, desumanos???
Até que ponto, o tal "bullying" (ação repentina com a intenção de machucar o outro seja ele verbalmente, ou seja ele fisicamente) que tanto tem acontecido nas escolas, entre crianças e adolescentes, não é o resultado da ação viral "do mal exemplo", de muitos adultos, que contagiam a formação de caráter dos pequenos?
Me desculpem se hoje estou mais ácida em minhas divagações....mas despertei o meu dia com este questionamento engasgado em minha garganta e não poderia deixar de partilhar aqui em meu cantinho.
E sabe qual é o melhor lado desta minha divagação? Para postá-lo, eu preciso ler e reler, revisá-la....e cada uma das minhas divagações e partilhas com cada um dos que aqui me seguem, antes de chegar até vocês, já inicia um trabalho de auto-percepção interna, aqui comigo....
E eu só tenho que ser muito grata, ao Alto, por esta afinidade com as letrinhas, com a escrita e principalmente, por este canal do conhecimento, que acesso todos os meus dias e que está sempre disponível, para cada um de nós que se permita acessá-lo.
Bora lá continuar esta viagem chamada "Vida"....
Bjoks no coração e lindo dia de vida.....com a proteção do Alto à cada passo trocado!!!!
O Terapeuta
Daniel Rodrigues Cavalcante
Eu sou você
Sou tudo e nada
Sou sua dor de cabeça
Sou o advogado do diabo
Sou a mãe lambona
Sou o pai orientador
Sou o parente ausente
Sou a paixão mal-resolvida
Sou o amigo abandonado
Sou o medo do futuro
Sou a escolha malfeita
Sou o trauma esquecido
sou e serei tudo isso até que você aprenda
Que tudo isso é parte de você
até que você pare de me ver com esses olhos turvos
e me veja enfim como apenas outra pessoa
fazendo seu trabalho.
Fonte:
www.dicionarioinformal.com.br
magopatologico.wordpress.com
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