quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Babosa e o outro lado da moeda...

Como em tudo nesta vida, um outro lado da questão..

Por ter postado o vídeo sobre os benefícios da babosa, em matéria com o Frei Romano Zago, já estou recebendo comentários diversos sobre outras plantas muito mais benéficas e com menos efeitos colaterais do que a babosa.
E os comentários giram em torno da graviola, dos avelãs... e com certeza, vão aparecer muito mais!!!
Como não recebi nada que pudesse comprovar a veracidade oriunda de um profissional respeitável, resolvi postar a matéria do Dr. Dráuzio Varella. 
Ela não está mais disponível no site do Fantástico, mas a encontrei no Blog http://diariocancerdemama.blogspot.com.br


A Babosa e o câncer 

 reportagem de Dráuzio Varella

Em 2010 foi exibida, pelo programa Fantástico, uma reportagem do médico Dráuzio Varella, na série “É bom pra quê?”, que discute o que é mito e o que é verdade sobre fitoterápicos usados na medicina popular. 
Neste episódio, ele discutiu os efeitos da babosa no tratamento de câncer. 
Eu mesma ouvi várias pessoas dizerem que era para eu usar a babosa, que essa planta era boa pra combater o câncer. 
Depois da reportagem, fiquei em dúvida sobre a eficácia da planta, também chamada de Aloe vera
Até hoje, tem um pote na minha geladeira de uma “vitamina” feita com a polpa da babosa. Tomei poucas vezes, porque o gosto é muito ruim. E me lembrei que, em algumas dessas vezes em que usei, estava em fase de quimioterapia. Os efeitos dessa interação foram tratados na reportagem por terem consequências perigosas. Veja alguns trechos:

A babosa pode causar efeitos colaterais bastante sérios. Pode ocasionar problemas cardíacos, fraqueza muscular, tonturas, dentre outras”, alerta a farmacêutica Rita Vieira.
“A babosa dá diarreia. Então, o que acontece? Você faz quimioterapia, e um dos sintomas que faz a gente parar de usar quimioterapia é diarreia intensa. Então, a pessoa toma babosa, ela não fala para o oncologista que está tomando. Aí suspende a quimioterapia”, afirma o Dr. Riad Younes, oncologista.
“Há casos em que a planta não faz mal por ela própria. Ela tira o efeito ou piora do outro medicamento que a pessoa está tomando”, ressalta o professor de farmacologia da UFSC João Batista Calixto.
Em novo epísódio do quadro, no mesmo ano, foi analisado os efeitos do extrato de graviola no tratamento de câncer e por meio de testes em laboratório, ficou provado que o tal extrato pode multiplicar as células cancerígenas. 
Não é que devemos simplesmente parar de acreditar na força das plantas, afinal, é justamente delas que surgem os diversos tipos de medicamentos conhecidos e estudados hoje. 
O mais certo a se fazer é: antes de usar qualquer tipo de tratamento alternativo, perguntar ao seu médico sobre a interação medicamentosa com os tratamentos convencionais, ou seja, quimioterapia, radioterapia e outros remédios alopáticos. 
Além disso, fazer uma busca na literatura científica e procurar sobre estudos da planta, a fim de verificar sua eficácia em relação aos tratamentos. 
Mas, o mais importante é: 
NUNCA deixar de fazer os tratamentos convencionais passados pelo médico, pois, apesar de serem geralmente agressivos, são formas comprovadas por milhares de estudos, por milhões de anos, de combater o câncer, ou seja, são eles que agem na destruição das células cancerígenas e têm eficiência comprovada. 
Devemos saber conciliar de uma forma segura o tratamento convencional e outros tratamentos alternativos. Por isso, a informação é sempre bem-vinda e afasta a ignorância. 
Onde já se viu usar argila como forma de combate ao câncer, em vez da quimioterapia? Isso não existe.

Quem quiser saber mais é só ler a reportagem na íntegra, dispovível em:


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