Um dos momentos mais gostosos é poder encontrar amigos, ou mesmo colegas de trabalho e descontrair no final do dia em um Happy Hour, no fim de semana em um churrasco e sempre, brindar este momento. E o brinde, claro...chama uma cerveja, um chopp, um vinho, uma caipirinha.....enfim....uma bebida alcoólica estará sempre presente, certo?
Se pararmos nestes eventuais momentos e soubermos dosar o quanto ingerimos de álcool, tudo bem....mas o que as pesquisas tem mostrado, não é bem isso...
Se pararmos nestes eventuais momentos e soubermos dosar o quanto ingerimos de álcool, tudo bem....mas o que as pesquisas tem mostrado, não é bem isso...
E hoje,especialmente hoje, estou muito triste pois um amigo meu será afastado de suas atividades profissionais e sociais, nos próximos dias, para se tratar de sérios problemas provocados pelo o que achava ser um simples drink no final do dia...e hoje, está diagnosticado como alcoólatra.
Por uma lado, fico feliz por saber que ele resolveu se dar uma chance e buscar tratamento para esta doença; ele tem filhas adolescentes e, com certeza, elas contam com a presença deste pai por muitos e muitos anos em suas vidas.
Por outro lado, me fez lembrar do meu pai...que perdi em meus 14 anos....de cirrose alcoólica.
Ele sempre teve um calendário atrás da porta do quarto dele...dormia sozinho, pois a vida conjugal entre ele e minha mãe, acabou muitos anos antes da sua partida.
Neste calendário, cada dia seguinte após alguma situação constrangedora em virtude de seu vício, ele sempre acordava muito envergonhado, com a cabeça baixa e, quando eu iniciava algum comentário, ele me pegava pela mão, me levava até o tal calendário e me dizia: a partir de hoje, o "papinho" não vai colocar uma só gota de bebida na boca....eu juro!!!!
Infelizmente, ele só conseguiu colocar tal promessa em prática, quando o seu coração enfraqueceu muito, a ponto de nem mais condições físicas para uma cirurgia, haviam....
E eu tive muito pouco tempo junto com o meu "papinho"....um homem culto, letrado como diziam no passado, muito educado...mas, muito fraco para driblar o vício e optar pela vida. E, baseada em minha experiência, eu posso garantir: não é nada fácil perder um pai, sua referência, seu príncipe, seu herói, aos 14 anos de idade e principalmente, conviver com o vício e tudo o que ele gera dentro de uma família!
Por mais difícil que seja, olhar para dentro e descobrir nossas fraquezas e limitações, muitas vezes o real motivo para optarmos por "sair de cena", qualquer dependência química é similar a um auto-suicídio homeopático. É querer chamar a atenção da forma mais torta para nós mesmo....porque as consequências virão no nosso físico...e, muitas vezes, as pessoas que gostaríamos que nos olhassem de forma diferente, não tem tempo suficiente para isso....nesta vida louca que levamos....
Então, fica aqui a minha sugestão: que tal bebermos com consciência e não até o ponto de entrarmos para estatísticas tão desagradáveis como acidentes de transito, cânceres e mesmo o alcoolismo?
Ser feliz não está intrinsecamente ligado a beber e muito menos resolução de problemas; o nome disso é fuga!!!!!
Olhe para vc e veja que pessoa linda existe aí dentro...que ser humano único e especial.....
Será que, mais do que uma dose, esta pessoa não está mesmo é precisando de um colo e de muitos momentos reais de alegria?
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