O homem sempre teve um fascínio pelo mundo subaquático: um mundo
feito de silêncio e cor.
Há relatos datados de 4500 a.C., onde o homem utilizava o
mergulho livre, na busca de alimentos.
Apesar de 70% do Planeta Terra ser constituído por água e termos
semelhante constituição corporal, o Ser Humano não consegue respirar o oxigênio
contido neste precioso líquido: necessita de ar para permanecer mais tempo
submerso.
Mas, em 1940, os franceses
Jacques Cousteau e Emile Gagnan criaram o Aqualung, uma espécie de
pulmão aquático, o qual se tornou a maior revolução da história do mergulho.
Jacques Cousteau, foi eternizado aqui no Brasil, na década de 80,
com a cena de mergulho com botos cor de rosa, na Amazônia.
Recentemente, o mergulhador Laurence Wahba, se tornou conhecido
em função dos seus documentários com tubarões brancos.
O mergulho, foi um dos primeiros esportes aquáticos que
conquistou os brasileiros há mais de 50 anos. Atualmente consolidado, escolas e equipes de instrutores tornaram-se
um nicho do mercado de esporte e lazer.
O Instrutor de Mergulho Técnico, Emerson Covisi, de Santo André,
especialista em expedições em cavernas, fez do mergulho, sua grande paixão e
nos relatou, em entrevista, como tudo começou e o quanto este esporte modificou
sua relação com a vida e com as pessoas:
“Apesar de ter descoberto o mergulho há 22 anos atrás, eu só
consegui me entregar a esta minha paixão há 10 anos, após ter passado
por um
serio problema de saúde. Eu fumava muito e apareceram 04 pólipos em minha
garganta; possível câncer maligno. Ao me deparar com esta situação, percebi que
a minha vida era o trabalho. Em função de muitas responsabilidades, tornei-me
um homem amargo e endurecido; o mal humor permeava os meus dias e não conseguia
ver interesse em nada. Após a cirurgia e a não constatação do câncer maligno,
resolvi modificar meus hábitos, a começar por eliminar o cigarro de minha vida
e incluir o mergulho em meus dias.
Hoje, o meu hobby, sustenta o meu hobby,
quero dizer, com as aulas que dou, acumulo créditos para a maioria das minhas
expedições. E minha família faz parte disto: desde minha esposa até os meus
filhos, mergulham comigo. E o mergulho tem que ser visto de uma forma
ampla, dentro e fora da lage: o ir e vir dos peixes nos
esbarrando, a interação com a natureza, as piadas, o próprio passeio de barco,
as risadas, além do networking (rede de relacionamentos) com profissionais das
mais diversas áreas.
Mesmo voltando com o corpo arrebentado, com certeza seu espírito
estará renovado!
Através do mergulho
muitas oportunidades de viagens para outros países, outras culturas,
hoje sou um homem de mente aberta para o novo e consigo ver o lado positivo de
qualquer situação ou pessoa.
Como empresário e com muitas responsabilidades, o mergulho é
minha válvula de escape e consigo sentir prazer, até mesmo quando estou dando
aulas.
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