Pessoas com Deficiência???
Faço parte do time... Surpresos???
Pois é... apesar de ter sido imensamente abençoada pelo Alto, e ser totalmente imperceptível, aos olhos dos outros, minha atual condição física, tenho uma prótese na coluna lombar... fratura de L1.
Resultado de um acidente que aconteceu há exatos oito anos, que descrevo em detalhes, em meu livro, sobre filhos adotivos, programado para ser lançado em maio deste ano:
"Por onde o amor pode nos levar?!? - Uma filha do coração."
"Por onde o amor pode nos levar?!? - Uma filha do coração."
Já postei algumas passagens do que ocorreu comigo, em posts relacionados à superação de limites, como neste link:
http://elidebemcomavida.blogspot.com.br/2017/01/na-superacao-de-limites-o-combustivel.html
http://elidebemcomavida.blogspot.com.br/2017/01/na-superacao-de-limites-o-combustivel.html
Mas, as minhas costumeiras divagações, hoje vão na direção da extrema necessidade e contribuição da sociedade como um todo, para constantes melhorias na acessibilidade de pessoas com deficiência física.
Certa vez, uma psicóloga comentou: "Só os "Curadores Feridos" podem realmente entender as entrelinhas da problemática em questão!"
Apertando a tecla SAP...ehehe ...
Apenas quem já passou pela mesma situação é que tem a real noção do que tal problema significa, da dor e da limitação vivenciada!!!
Pois bem, eu realmente conheci este universo.
Foram 30 dias de internação em hospital, 180 dias de cama, literalmente na cama, dos quais, 150, no meu quarto!!!!
Foram 30 dias de internação em hospital, 180 dias de cama, literalmente na cama, dos quais, 150, no meu quarto!!!!
Precisei da ajuda de enfermeiras e familiares para me movimentar na cama, nos primeiros 60 dias.
Reaprendi a sentar, a ficar em pé, a andar....usei colete para a coluna lombar, cadeira de rodas, muletas e bengala.
Foram 18 meses de fisioterapia... e uma das coisas que mais me questionava era: "O que eu estou fazendo aqui?... Porque tenho que passar por tudo isso???"
E não tem como não nos solidarizarmos com todas as cenas que passamos a ver....
Em hospitais, nas alas de fisioterapia, mulheres novas, com seus filhos nos braços, muitas vezes até maiores do que elas, diariamente em exercícios intermináveis...uma vida afora... e sem entrar nos detalhes das histórias pessoais de cada família: limitações financeiras; falta de recursos para os tratamentos e obtenção de órteses; dificuldade para conseguir acompanhamento médico e público ... bla...bla....bla...bla...bla...bla....
Nossa.... é um mix de emoção, limitação e indignação!!!!
E, se nos voltarmos para os meios de transporte e acessibilidade, aí então o cenário será muito mais comprometedor; não bastando a falta de tato ou preparo de muitos motoristas de ônibus, para ajudar o acesso aos ônibus, calçadas sem guias rebaixadas, ruas sem faixas de travessia para facilitar a mudança de calçadas, dentre tantos outros problemas.
Mas, após minha maravilhosa e surpreendente recuperação, onde a única limitação foi não poder dirigir ou pegar peso, passei a utilizar o transporte público. E foi exatamente aí onde observei o maior de todos os problemas: a indiferença humana.
E, mesmo tendo os mesmos direitos dos deficientes físicos, passei a zelar pelo direito que nos é garantido: lugares reservados em locais públicos.
E como quem me olha fisicamente realmente não imagina que eu tenho uma limitação física, a não ser que eu apresente o documento que carrego em minha carteira, que garante os meus direitos, eu não abro mão de propiciar mais conforto para pessoas com limitações físicas...nem que seja apenas no pequeno trajeto entre um local e outro!!!!
Como um "Curador ferido", eu realmente sei o que significa ter limitações físicas....mesmo tendo me recuperado de forma quase que milagrosa.
Será que vai ser preciso você se tornar um "Curador Ferido" para conseguir entender as limitações e necessidades dos deficientes físicos...ou.... a partir deste momento, passará a respeitá-los muito mais e, se possível, ajudá-los a minimizar tais dificuldades, incluindo acessibilidade?
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O que você precisa saber sobre pessoas com deficiência
Por: Luiz Alexandre Souza Ventura blogs.estadao.com.br/vencer-limites/
A falta de informações detalhadas sobre o universo das pessoas com deficiência cria diversas especulações sobre o assunto e também possibilita o uso de termos que podem ser considerados inapropriados ou equivocados. Por isso, é importante saber um pouco mais sobre o tema. Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida divulga uma série de explicações que podem ser bastante úteis.
Pessoa com deficiência - Há uma associação negativa com a palavra ‘deficiente’, pois denota incapacidade ou inadequação à sociedade. A pessoa não é deficiente, ela ‘tem uma deficiência’. No texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, em 2006, estabeleceu-se a terminologia mais apropriada: Pessoa(s) com Deficiência.
Necessidades especiais - É importante combatermos expressões que tentem atenuar as diferenças, tais como: ‘pessoas com capacidades especiais’, ‘pessoas especiais’ e a mais famosa de todas: ‘pessoas com necessidades especiais’. As ‘diferenças’ têm de ser valorizadas, respeitando-se as ‘necessidades’ de cada pessoa.
Portador - A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela ‘tem uma deficiência’.
Outro erro comum diz respeito à nomenclatura e isso pode, inclusive, provocar constrangimento. Desta forma, todos nós precisamos entender cada tipo de deficiência e saber como identificá-las.
Física - Engloba vários tipos de limitações motoras, como paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral e amputação.
Intelectual – Limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, que aparecem nas habilidades conceituais, sociais e práticas, antes dos 18 anos. A pessoa com deficiência intelectual não é necessariamente considerada incapaz de exercer sua cidadania.
Auditiva – Redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons em diferentes graus de intensidade. Não é correto utilizar o temo surto-mudo. A pessoa surda ‘fala’ em sua própria língua e com terapia fonoaudiológica pode desenvolver a fala oral.
Visual – Redução ou ausência total da visão, podendo ser dividida em baixa visão ou cegueira. O termo cego pode ser utilizado normalmente.
Surdocegueira – Deficiência única, que apresenta a perda da visão e da audição concomitantemente em diferentes graus.
Múltipla – Associação de duas ou mais deficiências. Ex: deficiência intelectual associada à deficiência física.
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Também está publicada no site da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida uma ‘cartilha’ com dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência.
Material Disponível para Download
Lista de publicações disponíveis para download
Situação Mundial da Infância 2013 - Crianças com Deficiência
Esta edição do relatório da Unicef " Situação Mundial da Infância - Crianças com Deficiência", edição 2013, inclui contribuições de jovens, de pais e de mães que mostram que, quando têm essa oportunidade, crianças com deficiência são perfeitamente capazes de superar barreiras que dificultam sua inclusão, ou ocupar o lugar a que têm direito como participantes da sociedade em igualdade de condições, e enriquecer a vida de sua comunidade. No entanto, sobreviver e prosperar podem ser tarefas especialmente difíceis para crianças com deficiência. Elas correm maior risco de ser pobres do que seus pares que não têm deficiência. Mesmo quando compartilham com outras crianças as mesmas condições de desvantagem – por exemplo, vivendo em condição de pobreza ou fazendo parte de um grupo minoritário –, crianças com deficiência enfrentam desafios adicionais, em consequência de suas limitações e das inúmeras barreiras que a sociedade coloca em seu caminho. Crianças que vivem na pobreza estão entre aquelas com menor probabilidade de usufruir, por exemplo, dos benefícios da educação e de cuidados de saúde, mas para crianças que vivem na pobreza e têm uma deficiência é ainda menor a probabilidade de frequentar a escola ou centros de saúde no local onde vivem.
Faça o download do Relatório "Situação Mundial da Infância - Crianças com Deficiência"
E o Estadão convida a todos para uma campanha:
Você sabe onde estão as falhas de acessibilidade em São Paulo? Conhece bons exemplos?
Os blogs Radar Pop e Vencer Limites convidam seus leitores para participar da produção de um Mapa Colaborativo da Acessibilidade.
Basta enviar fotos pelo Instragram, com a hashtag #AcessibilidadeEstadao, destacando se o local tem acessibilidade para pessoas com deficiência física, auditiva, visual ou intelectual.
Verifique se existe rampa, elevador, tradução para Libras ou Braile, faixas no chão para pessoas com deficiência visual, audiodescrição e até monitores especializados.
O resultado será publicado em breve. A ação é semelhante ao trabalho feito pelo Estadão sobre aMônica Parade.
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