E lá estou eu.... trazendo para o meu cantinho, o que encontro pelo caminho, através das minhas "borboleteadas" pelas páginas alheias...
Aliás, como este meu cantinho tem sido visitado por vários países, em diferentes continentes, vale explicar este novo vocábulo que utilizo com frequência: borboletear...ehehe
Especificamente no meu caso, "borboletear" significa bater asas com total liberdade no ir e vir.
Como tenho muita afinidade com as borboletas, não só pela beleza da distribuição de suas cores de forma única, mas também e principalmente, pela processo de metamorfose que elas passam em sua vida.
Aliás, prometo em breve, publicar a fábula da borboleta, que tem muita ver comigo e quem sabe não terá com você também....ehehehe
Mas a questão, abordada neste momento, é outra....
E resolvi postar esta crônica do Jornalista, Cronista e Editor de Livros, Mauro Wainstock, pois acredito ser muito elucidativo para os pais mais fresquinhos, que iniciarão esta nova trajetória, como educadores, em suas vidas.
EDUCADORES E EDUCADOS: EIS A QUESTÃO!
mauro.wainstock@gmail.com
De forma geral, elas são, simplesmente, aterrorizantes. No solitário berçário, o início da imaginação. Apesar da positiva intenção, o começo da ilusão. A partir daí, só decepção, mesmo sendo ficção. Cena familiar: o bebê tentando dormir com a canção "Nana neném que a Cuca vai pegar, mamãe foi para a roça e papai foi trabalhar". Deixaram o indefeso sozinho, desesperado, prestes a ser atacado. Buá! Pesadelo assim, nem pensar. Sonhar, só com muita paz, esta não é a maneira eficaz.
Mas tem mais: o que dizer de "Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu..."? Tentativa de homicídio frustrada. Deveria ser censurada. E a "Dona Francisca (Chica)", logo ela, admirou-se com o "berrô" de sofrimento da pobre criatura, mas não fez coisa alguma. No mínimo, deveria ter dado uma dura... miau!!!
E por falar em animal, um exemplo magistral: "Boi, boi, boi... boi da cara preta, pega esta criança que tem medo de careta!". Defina como quiser: ameaça, bullying, racismo ou todas as alternativas anteriores. Sem valores. Já na natureza, muita tristeza: "O cravo brigou com a rosa. Ele saiu ferido e a rosa despedaçada". Quanta crueldade, só maldade!
Mas também tem tragédia: "A canoa virou, pois deixaram ela virar (como assim???), foi por causa do (nome da criança) que não soube remar". Conclusão: culpa, incompetência, futuro trauma. Faltou bondade. E o mínimo de solidariedade. Nem o amor escapou: "O anel que tu me destes era vidro e se quebrou... E o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou...". Um simples símbolo na mão estilhaçou o sincero desejo do coração. Humilhação, sem final feliz.
Agora, as historinhas infantis. Doce fantasia, muita covardia. Era uma vez o Pinóquio, que ficou famoso por ser mentiroso. Exemplo do mal, quanta cara de pau! Chegamos a outro ponto: o conto do "Chapeuzinho Vermelho". Não dá para dar desconto, trata-se de um confronto. A ingênua garotinha leva uma cestinha para a sua querida vovozinha. Mas encontra o lobo sedutor; assassinado pelo caçador protetor. Apesar do "Happy end", suspense, crime, violência. Que terror, assustador! E se encurtássemos a versão, deixando a protagonista ser "devorada" pelo abominável ladrão (canibalismo ou pedofilia)? Aí sim, a moral da história seria: não se deve falar com estranhos, principalmente se forem animais. Devastador!
Neste apavorante universo infantil, práticas nocivas são transmitidas inconscientemente, reforçadas repetidamente e consolidadas espantosamente. Francamente! A saudável convivência cede espaço à incoerência, a conscientização se desvencilha da razão, apesar da emoção. E a moral, ideal, não entra na história. Nenhuma vitória! Na inversão de valores, o ensinamento de horrores: um lado obscuro outro sem futuro. Este sim: real, fatal!
No final, a lição: a educação, mais do que diversão, uma importante questão. Exige urgente transformação. Na individualidade, a responsabilidade; na ação coletiva, o presente formador para o amanhã de louvor.
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