E lá estou eu.... trazendo para o meu cantinho, o que encontro pelo caminho, através das minhas "borboleteadas" pelas páginas alheias...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieqXOVYWAcfR6130vG6IDRft8D8TvFfIVFB0yZw_2QY7zazvME3LbQ_qgAs7L7JfPxcDgwL1OWOVVv358pfBBxOKnEkF_WXKRHFzFeuJ8W7FVhOW0fcVqWLg6XV4TfhbhUQA-Omu0iyQbF/s200/borboletas.jpeg)
Especificamente no meu caso, "borboletear" significa bater asas com total liberdade no ir e vir.
Como tenho muita afinidade com as borboletas, não só pela beleza da distribuição de suas cores de forma única, mas também e principalmente, pela processo de metamorfose que elas passam em sua vida.
Aliás, prometo em breve, publicar a fábula da borboleta, que tem muita ver comigo e quem sabe não terá com você também....ehehehe
Mas a questão, abordada neste momento, é outra....
E resolvi postar esta crônica do Jornalista, Cronista e Editor de Livros, Mauro Wainstock, pois acredito ser muito elucidativo para os pais mais fresquinhos, que iniciarão esta nova trajetória, como educadores, em suas vidas.
EDUCADORES E EDUCADOS: EIS A QUESTÃO!
mauro.wainstock@gmail.com
De forma geral, elas são, simplesmente, aterrorizantes. No solitário berçário, o início da imaginação. Apesar da positiva intenção, o começo da ilusão. A partir daí, só decepção, mesmo sendo ficção. Cena familiar: o bebê tentando dormir com a canção "Nana neném que a Cuca vai pegar, mamãe foi para a roça e papai foi trabalhar". Deixaram o indefeso sozinho, desesperado, prestes a ser atacado. Buá! Pesadelo assim, nem pensar. Sonhar, só com muita paz, esta não é a maneira eficaz.
Mas tem mais: o que dizer de "Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu..."? Tentativa de homicídio frustrada. Deveria ser censurada. E a "Dona Francisca (Chica)", logo ela, admirou-se com o "berrô" de sofrimento da pobre criatura, mas não fez coisa alguma. No mínimo, deveria ter dado uma dura... miau!!!
E por falar em animal, um exemplo magistral: "Boi, boi, boi... boi da cara preta, pega esta criança que tem medo de careta!". Defina como quiser: ameaça, bullying, racismo ou todas as alternativas anteriores. Sem valores. Já na natureza, muita tristeza: "O cravo brigou com a rosa. Ele saiu ferido e a rosa despedaçada". Quanta crueldade, só maldade!
Mas também tem tragédia: "A canoa virou, pois deixaram ela virar (como assim???), foi por causa do (nome da criança) que não soube remar". Conclusão: culpa, incompetência, futuro trauma. Faltou bondade. E o mínimo de solidariedade. Nem o amor escapou: "O anel que tu me destes era vidro e se quebrou... E o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou...". Um simples símbolo na mão estilhaçou o sincero desejo do coração. Humilhação, sem final feliz.
Agora, as historinhas infantis. Doce fantasia, muita covardia. Era uma vez o Pinóquio, que ficou famoso por ser mentiroso. Exemplo do mal, quanta cara de pau! Chegamos a outro ponto: o conto do "Chapeuzinho Vermelho". Não dá para dar desconto, trata-se de um confronto. A ingênua garotinha leva uma cestinha para a sua querida vovozinha. Mas encontra o lobo sedutor; assassinado pelo caçador protetor. Apesar do "Happy end", suspense, crime, violência. Que terror, assustador! E se encurtássemos a versão, deixando a protagonista ser "devorada" pelo abominável ladrão (canibalismo ou pedofilia)? Aí sim, a moral da história seria: não se deve falar com estranhos, principalmente se forem animais. Devastador!
Neste apavorante universo infantil, práticas nocivas são transmitidas inconscientemente, reforçadas repetidamente e consolidadas espantosamente. Francamente! A saudável convivência cede espaço à incoerência, a conscientização se desvencilha da razão, apesar da emoção. E a moral, ideal, não entra na história. Nenhuma vitória! Na inversão de valores, o ensinamento de horrores: um lado obscuro outro sem futuro. Este sim: real, fatal!
No final, a lição: a educação, mais do que diversão, uma importante questão. Exige urgente transformação. Na individualidade, a responsabilidade; na ação coletiva, o presente formador para o amanhã de louvor.
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