Será que temos uma relação com este bem de consumo, maior do que com quem amamos?
Olhe só esta declaração:
Ontem ele completou 40 anos de existência.
E quando vi a matéria nas diversas mídias, me questionei: será que eu saberia viver um mês sem celular? ...uma semana, talvez?...rssss
Não sei o que aconteceria, em alguns relacionamentos se uma das partes dissesse: "ou o celular ou eu!!!!!"
...melhor pular esta parte...rssss
É claro que ele encurta distância, viabiliza negócios em qualquer parte do mundo, nos mantém atualizados à cada minuto, se esta for a opção....mas e o outro lado da moeda...vc já parou para pensar?
Mas antes de mais nada, como tudo começou?
Mais ou menos assim (fonte: www.gizmodo.com.br )....
Foto: Dr. Martin Cooper,
o inventor do celular, em 2007 com o protótipo DynaTAC de 1973
Em 3 de abril de 1973, algo histórico aconteceu: Marty Cooper, engenheiro da Motorola, fez o primeiro telefonema público a partir de um celular, em uma rua de Manhattan, Nova York.
Cooper ligou para Joel Engel, da rival Bell Labs, e disse: ”Estou ligando para você de um telefone celular. Mas um celular de verdade, portátil e que cabe na mão”. Do outro lado da linha, Engel ficou em silêncio – afinal, a Motorola havia vencido. (As primeiras ligações de telefonia celular foram feitas pela Bell em 1946, porém usando carros.)
O aparelho não era exatamente portátil, no entanto: o DynaTAC pesava 1,1 kg. Mesmo dez anos depois, quando a Motorola o aperfeiçoou e lançou o DynaTAC 8000X – o primeiro celular a ser comercializado – ele ainda pesava cerca de 900g. E apesar do tamanho, a bateria só aguentava até 30 min de ligações, e levava 10h para carregar.
O DynaTAC 8000X (acima) foi lançado em 1984 por US$ 3.995 – são mais de US$ 9.000 em valores atuais. E segundo a AP, “consumidores fizeram filas aos montes para comprar o primeiro celular assim que ele chegou ao mercado”, apesar do preço altíssimo. O design “tijolão” do DynaTAC foi usado por quase 15 anos, até os celulares adotarem formatos mais práticos, como flip (lembra-se do StarTAC?).
No Brasil, a primeira ligação por telefonia celular foi feita em 1990 pelo então ministro da Infraestrutura, Ozires Silva, para o ministro da Justiça, Jarbas Passarinho. Ele disse: “este presente para a cidade do Rio de Janeiro é um presente merecido que pretendemos expandir para outras cidades brasileiras”.
A primeira rede de telefonia celular foi lançada em 1990 pela TELERJ, na cidade do Rio de Janeiro, e logo foi expandida para Salvador. No entanto, o celular só se tornou um acessório popular no final da década de 90.
E então chegarmos aos dias atuais, com nossos smartphones finos e leves que são mais computadores portáteis que dispositivos para realizar ligações. É um belo avanço até mesmo em relação ao meu primeiro celular, um Siemens C60. Qual foi o seu primeiro celular?
E hoje, 40 anos depois, esta geração jamais imaginaria usar um aparelho tão pesado e com tantas limitações de uso, como tempo da recarga da bateria, tempo de utilização da bateria carregada, etc....
À cada dia, recebemos, através da mídia, modelos cada vez mais atualizados, mais finos, mais sofisticados e porque não dizer, com mt mais recursos.
E como andam as estatísticas de vendas de aquisição de celulares em nosso país?
Estatísticas de Celulares no Brasil (fonte: www.teleco.com.br)
E os numeros não param por aqui ( www.brasileconomico.ig.com.br):
O número de celulares no Brasil chegou a 245,2 milhões em janeiro, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O crescimento foi de 2,9 milhões de novas habilitações (1,22%), sendo o maior para um mês de janeiro em 13 anos.
O estado de São Paulo continua sendo o que mais possui linhas, com 60.158.944 unidades, seguido por Minas Gerais, com 24.143.426 habilitações.
Entre as operadoras, a Vivo chegou a 29,73% de participação no mercado, com a Tim, na segunda posição, atingindo o total de 26,56%, e a Claro, em terceiro, com 24,78%. A Oi fechou janeiro com 18,62% do mercado.
Os terminais 3G (banda larga móvel) totalizaram mais de 50,8 milhões de acessos.
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E eles, os aparelhos celulares, se fazem presentes, nas mais diversas classes sociais...roubando, muitas vezes, a cena em eventos sociais, em um simples barzinho com amigos, em reuniões de negócios, treinamentos, eventos sociais, entrevistas, cinemas, teatros...
Sem falar dos acidentes de trânsito com tantas vítimas fatais....
.... e até mesmo, nos relacionamentos.... Dá para acreditar na cena ao lado: onde foi parar o diálogo, o carinho e tudo mais?
Não se precisa mais ter condição social ou mesmo um emprego fixo para mantê-lo; agora, qualquer pessoa pode ter um.....
A impressão que tenho, é que ele já faz parte do nosso corpo, como se fosse um membro. Já não sabemos mais respirar se o celular não estiver bem pertinho de nós.
Fica sempre a impressão, se o esquecemos em algum lugar, que estamos desconectados do mundo...que algo de muito importante está acontecendo e que nós estamos alheios...que alguém nos procura com urgência e que não estão disponíveis....
Passou a ser mais do que um membro do nosso corpo, passou a ser a nossa vida, o nosso oxigênio...senão de todos, pelo menos da maioria....
É mais fácil esquecermos documentos, carteira, guarda-chuvas, do que este pequeno aparelhinho tão dominador e tão presente em nosso dias...
E já não podemos mais prever como serão as próximas gerações, que já nascem quase dando alô para a vovó...
Já já vai ser mais ou menos assim: "Alô vovò...cheguei ao mundo!!!!! " rsssss
Brincadeiras à parte..... preste atenção nas informações a seguir:
Nesta era da globalização em que vivemos, tem muitas coisas que a medicina ainda não tem respostas para o que nos espera no futuro, com relação a tantas novidades que passaram a fazer parte da nossa vida desta era moderna...rsss
Mas tem coisas que não precisamos esperar as estatísticas saírem para mudarmos alguns hábitos, não é?
Da minha parte, eu já não vivo mais com ele como parte do meu corpo, já o desligo ou coloco no silencioso quando entro em reunião, treinamentos, salas de aula e, principalmente, o mantenho dentro da bolsa, para que ele não roube a cena...
Aliás, não o deixo roubar a cena nem com amigos, nem no cinema, nem no teatro...sou eu quem o domino....não ele a mim.
Mas é claro que, muitas vezes, me pego sendo dominada...aí, me dou um auto puxão de orelhas e volto a me policiar....
Porque se tem uma coisa que eu não quero perder é a risada de um amigo, uma cena do cinema, o canto de um pássaro, o desabrochar de uma flor, a musicalidade de um momento especial e até mesmo, um olhar de alguem que me observe de forma especial e eu não consiga perceber....
Porque prá mim, esta é a essência do ser humano e não haverá bem de consumo que me faça render aos seus encantos.....
Que tal um encontro em um barzinho? ...mas só se o celular ficar no bolso(a), ok? rssssssss
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