Uma das coisas que mais me dá prazer, em minha profissão atual, é a pesquisa....incrível quando nos soltamos para os nossos reais talentos, como tudo flui...e tudo acontece....
E
até o que pensamos, se materializa aos nossos olhos...como este
texto que achei por acaso na internet.... o link do texto original
está abaixo....
Mas, "Empinar Pipas", faz parte da minha história...e um dia eu resolvo contar....rssss
Mas, "Empinar Pipas", faz parte da minha história...e um dia eu resolvo contar....rssss
A
grande maioria das pessoas já empinou uma pipa na vida.
Naquele
domingo de sol, com um monte de crianças da sua idade, correndo
extasiadas pelo parque, seu pai te permitia escolher a pipa que você
quisesse, da cor, jeito, formato, leveza que mais se identificasse
com você, e então a comprava.
E você saia correndo com ela pelos gramados ainda sem saber bem o que fazer e como fazer aquilo que parecia tão fácil aos olhos dos outros.
Até que alguém vinha, amarrava a linha no seu dedinho delicadamente e te ensinava como um objeto de papel poderia flutuar no céu.
E você saia correndo com ela pelos gramados ainda sem saber bem o que fazer e como fazer aquilo que parecia tão fácil aos olhos dos outros.
Até que alguém vinha, amarrava a linha no seu dedinho delicadamente e te ensinava como um objeto de papel poderia flutuar no céu.
Aí
a gente cresce.
Cresce, estuda, trabalha, viaja e começa a empinar pipas pelo mundo afora, como se ainda tivéssemos 10 anos e um banco da praça nos esperando quando o jogo ficasse enfadonho.
Um jogo de ganhar e perder que não se aprende com tanta facilidade.
Cresce, estuda, trabalha, viaja e começa a empinar pipas pelo mundo afora, como se ainda tivéssemos 10 anos e um banco da praça nos esperando quando o jogo ficasse enfadonho.
Um jogo de ganhar e perder que não se aprende com tanta facilidade.
"VIVER", hoje em dia, é como empinar uma pipa.
Por vezes se afrouxa a linha, por vezes a esticamos ainda mais pra analisar o quão longe ela consegue chegar. Mas sempre com a certeza que a pontinha desgastada da linha ainda se prende ao indicador da mão direita com a mesma força de quando era uma linha nova, recém comprada na papelaria.
Por vezes se afrouxa a linha, por vezes a esticamos ainda mais pra analisar o quão longe ela consegue chegar. Mas sempre com a certeza que a pontinha desgastada da linha ainda se prende ao indicador da mão direita com a mesma força de quando era uma linha nova, recém comprada na papelaria.
Às
vezes uma rajada de vento mais brusca ou uma corrente de ar mais
abrupta abala o equilíbrio do movimento conseguido com tanto
esforço.
A pipa sobe, desce, faz que vai cair, faz que vai voar pra longe, perde o rumo, a direção, o norteio do balanço…perde a sustentação.
A pipa sobe, desce, faz que vai cair, faz que vai voar pra longe, perde o rumo, a direção, o norteio do balanço…perde a sustentação.
Corremos
daqui, dali, acolá.
Amarramos um nó tão apertado no dedo, por medo do brinquedo se soltar e sumir no mundo, que chega a doer, a machucar, a ferir o dedo, o ego, a alma juvenil que no fundo tem mais gosto pela brincadeira, que pelo brinquedo.
O resultado é um só: dedinhos esmagados, cheios de edemas e muito machucados.
Amarramos um nó tão apertado no dedo, por medo do brinquedo se soltar e sumir no mundo, que chega a doer, a machucar, a ferir o dedo, o ego, a alma juvenil que no fundo tem mais gosto pela brincadeira, que pelo brinquedo.
O resultado é um só: dedinhos esmagados, cheios de edemas e muito machucados.
Não
passamos de ingênuos e inexperientes caçadores de pipas.
Grandes e tolos caçadores de "vida"
Seja por carência, por baixa estima, por cicatrizes ainda não curadas, aceitamos entrar numa brincadeira, num jogo de estica e puxa cujo único fim possível é a solidão.
Grandes e tolos caçadores de "vida"
Seja por carência, por baixa estima, por cicatrizes ainda não curadas, aceitamos entrar numa brincadeira, num jogo de estica e puxa cujo único fim possível é a solidão.
Nenhuma
pipa se mantém nos céus infinitamente.
Quando a brisa diminui, quando o calor dos corpos se abranda, quando chove, quando as lágrimas começam a não serem contidas, a pipa cai no chão e a eufórica brincadeira só consegue recomeçar quando o tempo estiver claro e ensolarado de novo, ou no instante em que a gente se depara com uma pipa nova dando sopa por ai.
Caso contrário, o pedaço de papel que já apresentou tanta vida um dia, perde todas as cores e se torna apenas um emaranhado de fios, cores e dores no meio da paisagem inerte.
Quando a brisa diminui, quando o calor dos corpos se abranda, quando chove, quando as lágrimas começam a não serem contidas, a pipa cai no chão e a eufórica brincadeira só consegue recomeçar quando o tempo estiver claro e ensolarado de novo, ou no instante em que a gente se depara com uma pipa nova dando sopa por ai.
Caso contrário, o pedaço de papel que já apresentou tanta vida um dia, perde todas as cores e se torna apenas um emaranhado de fios, cores e dores no meio da paisagem inerte.
Mais
importante do que saber como e quando iniciar a brincadeira é saber
a hora de parar. O momento de respeitar sua exaustão, de esperar um
céu mais límpido e uma brisa mais favorável. É preciso se
permitir por vezes uma estiagem para que a primavera possa florescer
de novo. Não acho que a gente precise parar de brincar. Contudo, o
jogo deve ser saudável e prazeroso para o criador e a criatura.
Se
a pipa tão almejada alçar voos maiores do que você consegue
acompanhar, a deixe ir.
Se
a linha apertar demais, desate os nós e afrouxe as voltas.
Se
mesmo com tantas tentativas o voo não se sustentar, aguarde um
corredor de vento mais propício.
Se o universo colaborar e a pipa se mantiver no ar, aproveite como se não houvesse amanhã.
Se o universo colaborar e a pipa se mantiver no ar, aproveite como se não houvesse amanhã.
Se nada disso acontecer…o banco da praça, aquele da infância, talvez ainda esteja lá para servir de amparo, aconchego e ombro.
E
como dizia um grande escritor da literatura brasileira: o que tem que
ser, tem MUITA força!
O mundo gira e mais dia, menos dia, o universo traz pra você a pipa que você tanto esperava.
O mundo gira e mais dia, menos dia, o universo traz pra você a pipa que você tanto esperava.
Aquela
que se sustenta sozinha, sem nós ou amarras e que nunca voa pra
longe a menos que a brisa leve ambos, “brincante” e brinquedo,
para a mesma direção…”
(www.casalsemvergonha.com.br/2012/02/24/somos-todos-cacadores-de-pipas/)
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