Nossas vidas são repletas de altos e baixos; situações que nem sempre estamos prontos para entender ou mesmo vivenciá-las.
Elas chegam sorrateiras, de mansinho, e nos faz conectar, em muitas vezes, com uma força interna que nem sempre, acreditávamos ter...mas nem sempre da forma correta!!!
E com esta massificação da cultura do "TER", nos sentimos acuados na partilha do problema, da dificuldade pela qual passamos; nos fazemos muito fortes e muitas vezes, nos mostramos superiores à situações que, internamente, não estamos mais suportando vivenciar sozinhos.
Mas a soberba nos emudece e, aproveitar a experiência alheia, de amigos ou mesmo parentes próximos, nos faz sentir inferiores, derrotados, dentre tantos outros sentimentos humanos desnecessários mas, infelizmente, tão presentes em nosso dia a dia.
Se olharmos para o " jeitinho brasileiro de ser", o imediatismo nos fará buscar quaisquer soluções, para que tal problema seja resolvido da forma mais rápida possível. E seria esta a melhor solução?
Os recursos utilizados nem sempre são
os mais adequados para resolver tal situação de forma definitiva;
no futuro, o que constatamos é que
o problema ainda existe, tanto é que retorna.
Uma das sabedorias mais antigas e milenares
que muito me chama a atenção,
é a chinesa, pois sempre tem um resposta
para as mais diversas indagações humanas.
Só é necessário o aquietamento da mente
e a percepção da alma
Então....quando me sinto dividida entre dois caminhos,
prostrada nas atitudes e limitada para pedir ajuda,
me conecto com meu "EU" interno,
aquele silêncio que se faz necessário vez ou outra....
E a conexão "comigo mesmo"
permite o reencontro com a paz interna
e uma nova percepção do todo,
se faz presente para a escolha do melhor caminho a seguir.
Este pode ser o primeiro passo,
o mais cômodo e o que menos irá nos expor aos comentários alheios...
Mas o grande aprendizado, e eu me incluo nisso também,
é a abertura do Ser Humano à partilha:
Não estamos aqui para caminharmos sozinhos,
principalmente em nossas dificuldades pessoais.
Este é o intuito da nossa chegada em um núcleo familiar:
treinarmos em família, enquanto imaturos
o que devermos colocar na prática na vida adulta.
Mas o SER HUMANO se auto-intitula soberano de suas escolhas e ações...
E ignora o quanto esta vida poderia ser muito menos tensa,
se simplesmente baixássemos nossa guarda e nos rendêssemos
a partilhar dificuldades e indagações pessoais...
a arte da comunicação pessoal, tão pouco utilizada...
à cada dia mais e mais!!!!
Cada um de nós é similar à uma biblioteca: repletos de informações.
Por que nos fechar "em copas"?
Por que levar uma vida tão individualizada?
Por que não usarmos a percepção da nossa alma e do nosso sentir
para buscarmos respostas que não estamos conseguindo obter sozinhos?
Ou mesmo contribuir com o nosso conhecimento para que o outro,
também se encontre em seus questionamentos pessoais?
E mais uma vez...
O que escrevo aqui não é só para o outro...
...é antes de mais nada,
para mim também!!!!
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