sábado, 10 de agosto de 2013

Pelo mundo: A demanda do Turismo LGBTs

O Turismo LGBTs, que movimenta anualmente, mais de US$100 bilhões no mundo, passou a ser alvo de investimentos de muitos empreendedores brasileiros. 
Para quem desconhece, LGBTs é a sigla mais atualizada para se referir aos homossexuais, ou seja, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Simpatizantes. Apesar das estatísticas apontar em torno de 16 milhões de homossexuais brasileiros, o interesse em explorar tal segmento do turismo no Brasil, teve início há pouco mais de cinco anos. E o investimento vale à pena, pois este público é muito exigente e viaja cinco vezes mais que os turistas heterossexuais.
Foi baseado nestas estatísticas que, a Associação Brasileira de Turismo GLS (Abrat-GLS), no Rio de Janeiro, propôs uma parceria com o Ministério do Turismo e a Embratur para otimizar as atividades deste setor e promover ações à comercialização dos produtos, serviços e destinos do turismo LGBTs assim como a qualificação de profissionais que atuam na área. Tais iniciativas ajudam a promover os destinos brasileiros LGBTs, incluindo-os nas rotas do turismo mundial, buscando excelência no atendimento do visitante estrangeiro.
No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, em função das variadas opções de lazer e preconceitos menos acentuados, são consideradas as capitais gay da América do Sul; porém Recife é o principal destino dos homossexuais. Fortaleza e Florianópolis são exemplos de Gay-friendly, ou seja, localidades com comunidades gays atuantes e vida noturna agitada.
No exterior, o atendimento já está bem mais estruturado. Mykonos, na Grécia e a Ilha de Ibiza, na Espanha, são muito procurados. Nos Estados Unidos, desde 1960, Palm Spring, na Califórnia, atrai a comunidade LGBTs; no México, Acapulco e Puerto Vallarta, tem até praia com predominância homossexual. Sydney, na Austrália, promove dois eventos concorridos, com milhares de visitantes: o Mardi Gras gay e os Gay Games.
Convém ao turista LGBTs pesquisar sobre hábitos culturais dos destinos escolhidos, antes de viajar, para não ser surpreendido; caso opte por costumes mais rígidos, já estará ciente da necessidade em se adaptar aos padrões locais.
Em países muçulmanos radicais, por exemplo, o homossexualismo é tido como crime; no Egito, trocar carícias em público, com uma pessoa do mesmo sexo, pode dar cadeia. Já na China, homens de mãos dadas nas ruas, não tem conotação sexual.
Muitas cidades costumam disponibilizar programações de lazer, voltadas ao público LGBTs; mas, obter a informação direta com os homossexuais locais, acaba sendo a melhor opção para uma programação mais adequada.
Mas, a maioria dos Agentes de Turismo, especialistas no atendimento direcionado ao público LGBTs, já estão muito bem informados para garantir um roteiro agradável, com programações específicas e bem longe de constrangimentos desnecessários.

A consultoria Out Now Global, especialista em análises do mercado LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), divulgou um ranking com os maiores mercado emissores do turismo LGBT. Estados Unidos e Brasil ocupam lugar de destaque no estudo.(Fonte: http://hoteliernews.com.br)
Os números do quadro indicam o volume de gastos em turismo realizado pelo segmento LGBT, mensurados em milhões de dólares. O Brasil aparece como o segundo maior mercado emissivo mundial, com margem de mais de US$ 20 milhões, superando países como França e Alemanha.

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