Oscar Niemeyer, o revolucionário "pai" de Brasília e que deixou sua marca na história da arquitetura mundial, faleceu aos 104 anos, dez dias antes de completar 105 anos.
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Ao lado do urbanista Lúcio Costa, outro stalinista declarado, Niemeyer criou do nada Brasília, capital do país desde 1960 e que ambos queriam transformar em uma cidade ideal. A contragosto com a evolução da capital e também por seu medo congênito de voar, Niemeyer não participou, em abril de 2010, da festa do 50º aniversário da cidade, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
"Depois que Brasília foi inaugurada, vieram os homens do dinheiro, do capital, e tudo mudou. Chegaram a individualidade e a vaidade mais detestáveis, e os hábitos mudaram gradualmente, para adquirir aqueles da burguesia que reprovamos"
...comentou Niemeyer em função do cinquentenário da capital.
De suas pranchas surgiram os palácios, edifícios de governo, a catedral e os principais edifícios desta cidade que, da mesma forma que o resto de sua obra, são marcados por curvas atrevidas e sensuais, e que combinam funcionalidade e beleza plástica. Em um documentário sobre sua vida, o arquiteto afirmou que sempre que é encarregado de projetar Catedral de Brasília.
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Sede da ONU (EUA)Desde esse projeto, o brasileiro sempre explorou uma arquitetura livre que foge do excessivo racionalismo e usou e abusou das curvas, com as quais buscou refletir o perfil feminino e romper com todo tipo de convenção.
Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho nasceu no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907 em uma família religiosa e de boa situação financeira. Casou-se aos 21 anos com Anita Baldo, com quem compartilhou 75 anos de vida e teve sua única filha, Ana Maria, que lhe daria cinco netos e 13 bisnetos e faleceu em junho deste ano, aos 82 anos. Em 2006, dois anos após ficar viúvo e aos 98 de idade, casou-se de novo, escondido de sua família, com Vera Lúcia Cabreira, que foi sua secretária durante décadas e é 40 anos mais jovem que ele.
Entre muitos prêmios, Niemeyer recebeu em 1988 o Pritzker, maior reconhecimento no mundo da arquitetura; o Lênin da Paz (1963), o Príncipe das Astúrias (1989), o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (1996), o Unesco da Cultura (2001) e a Ordem das Artes e Letras do Governo da Espanha (2009).
Palácio do Planalto.
Edifício do Supremo Tribunal Federal.
Congresso Nacional.
Fonte: ideias-emmente.blogspot.com.br
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